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Cachorros podem ter Alzheimer? Saiba mais sobre essa condição e o que fazer caso o seu cachorro apresente sintomas

06 de Setembro, 2022 Cachorros podem ter Alzheimer? Saiba mais sobre essa condição e o que fazer caso o seu cachorro apresente sintomas

A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum para descrever os sintomas de perda de memória e confusão. Porém, essa condição não está restrita apenas aos seres humanos e pode afetar também outros animais, como os cachorros.

Nos cães, os sintomas também estão relacionados à perda cognitiva e geralmente afetam animais de idade mais avançada. O seu amigo de quatro patas está demonstrando comportamentos incomuns? Ele parece desorientado ou confuso? Esses podem ser sinais da demência canina.

Saiba mais sobre essa condição e o que fazer caso o seu cachorro apresente esses e outros sintomas.

O que é a demência canina?

A Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC), também conhecida como demência canina ou Alzheimer canino, é uma condição incurável que afeta o sistema nervoso dos cães. Ela está associada ao envelhecimento e à degeneração do cérebro, o que pode levar a mudanças no comportamento, capacidade de aprendizado e compreensão.

Estatísticas demonstram que um terço dos cães que possuem entre 11 e 12 anos podem apresentar ao menos um dos sintomas da demência canina. Já entre os animais entre 16 e 15 anos a incidência aumenta para dois terços dos cachorros.

O Alzheimer canino é uma doença que pode afetar todas as raças de cães. Entretanto, é naturalmente mais perceptível em raças que possuem uma maior longevidade devido a diversos fatores – genéticos e ambientais.

Quais são os sintomas do Alzheimer canino?

Assim como em seres humanos, o quadro sintomático dessa doença pode ser bastante variado, partindo de simples mudanças no comportamento até graves alterações no humor e irritabilidade. Os sintomas mais comuns são:

- Confusão e desorientação mesmo em ambientes familiares;

- Perda de apetite;

- Repetição de movimentos sem motivo aparente (andar em círculos ou levantar e deitar muitas vezes);

- Ansiedade e irritabilidade excessivas;

- Começar a latir de forma inesperada ou sem motivo aparente;

- Dificuldade em manter a rotina;

- Esquecimento de truques ou brincadeiras aprendidas;

- Lentidão ou incapacidade de aprender novos truques e brincadeiras;

- Modificações bruscas no sono (dorme demais ou fica acordado a noite toda, por exemplo);

- Perda de memória e incapacidade de reconhecer os membros da família.

Causas da demência canina:

À medida em que os cães envelhecem, as estruturas cerebrais começam a apresentar alterações, como atrofiamento ou perda de função. Essa degeneração pode acontecer em consequência do acúmulo de proteínas em partes do cérebro, que vão se depositando sobre o órgão e impedindo o seu bom funcionamento.

Contudo, esse fator não é o único associado à demência canina. Pequenos derrames no cérebro e até o acúmulo de lesões por impacto pode levar ao surgimento dos sintomas e eventual diagnóstico da Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina.

A causa exata dessa condição ainda é um mistério, mas é fácil associá-la aos cães de idade mais avançada – assim como acontece com o Mal de Alzheimer em seres humanos.

Existe cura para o Alzheimer canino?

Até o momento, não existe cura para a demência canina. Por se tratar de uma condição que leva à deterioração das estruturas cerebrais, não existe um método eficaz para corrigir e reverter essa degeneração dos tecidos para o restabelecimento da saúde do cão.

Entretanto, uma vez que a doença é diagnosticada, uma série de medidas podem ser tomadas para o tratamento e prevenção da doença.

Como é o tratamento e prevenção da demência canina?

Para lidar com o Alzheimer canino, um conjunto de atitudes pode ajudar no tratamento dos sintomas e para retardar o agravamento da doença. A prevenção é ainda mais eficiente se for realizada mesmo quando cão não apresenta qualquer indício de demência.

As seguintes atitudes podem ajudar no tratamento e prevenção:

- Fornecer uma ampla variedade de atividades externas e oportunidades para brincadeiras;

- Incentivar o convívio com outras pessoas e animais;

- Expor o cão à luz solar para ajudar na regulação do ciclo de sono;

- Estabelecer rotinas para a alimentação, passeios, ingestão de água e alívio das necessidades fisiológicas;

- Estimular o cão a se sentir seguro, tranquilo e amado durante a maior parte do tempo;

- Oferecer uma alimentação equilibrada.

Não há indicativos claros de que uma ração específica ou determinados medicamentos ajudem a retardar o surgimento dos sintomas – embora muitos estudos sejam promissores e possam sugerir melhoras significativas. No final das contas, o tratamento e prevenção através das dicas acima é o que pode garantir a melhor qualidade para o seu amigo de quatro patas.


Fonte: TecMundo

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