Os pets têm ocupado cada vez mais lugares nas nossas vidas e a tendência é que isso só aumente.
Com essa nova postura, os tutores passaram a se envolver com os pets, não apenas em questões básicas, mas também preocupando-se com a saúde mental, qualidade de vida e o bem-estar de seus amigos de quatro patas.
Mas então, onde entra o Enriquecimento Ambiental?
O termo surgiu em 1925 por meio de pesquisas do Robert Yerkes, um primatologista americano conhecido por estudos de análise do comportamento social de gorilas e chimpanzés.
Nos anos 1970, a ideia foi difundida em diversos zoológicos, tornando-os cada vez mais parecidos com o que conhecemos. Ela consistia em tentar replicar ao máximo o local onde os animais viviam, não sendo atrativo apenas para os visitantes, mas também para os bichinhos que viviam ali.
Em alguns outros estudos, utiliza-se a expressão “Necessidade Ambiental” que representa o estímulo para que os animais explorem e manifestem seus comportamentos naturais, garantindo o seu bem-estar.
O que muda na vida dos cães e gatos?
Esses bichinhos são domesticados e recebem muito afeto (o que é ótimo, diga-se de passagem), mas o acesso facilitado à alimentação, a limitação de espaço e a baixa quantidade de estímulo no dia a dia são capazes de reduzir significativamente suas qualidades primitivas.
Isso significa que eles podem se tornar muito dependentes dos seus tutores, perdendo as características normais das suas espécies.
Como o próprio nome diz, o objetivo do enriquecimento é modificar o ambiente social e físico onde o pet está inserido, a fim de torná-lo ainda melhor para seu desenvolvimento.
O tutor pode colocar o enriquecimento ambiental em prática, aplicando estímulos em casa, por exemplo, brinquedos inteligentes ou alimentos escondidos para desafiá-lo.
Dessa forma, o pet pode brincar, explorar e interagir melhor com o ambiente, assim como faria na natureza.
Quais acessórios escolher para os pets?
Assim como nós, humanos, não gostamos de tudo o que ganhamos, os bichinhos também podem ser assim. Isso acontece porque nem todos os brinquedos são bons para todos os animais.
O formato terá relação direta com a personalidade e o temperamento do pet - alguns preferem acessórios fixos, já outros adoram os que se movimentam.
Com a popularidade do termo, vários acessórios surgiram no mercado pet, mas não podemos esquecer que é possível criar estímulos com materiais recicláveis que temos em casa e, aos poucos, conforme entendemos os gostos dos animais, passar a investir em produtos comercializados em pet shops.
Um dos formatos mais famosos sugeridos pelos especialistas é o petisco congelado - este é considerado um desafio simples, já que o animal precisará lamber para conquistar sua comida, basta se atentar à temperatura do gelo para evitar que a língua do pet não fique presa.
Use a criatividade
Quase tudo que temos em casa pode ser usado - garrafa plástica, rolinho de papel higiênico, caixa de ovos, etc.
A criatividade da família que manda e o planeta terra agradece. Porém, existe um risco em todas as brincadeiras, inclusive com os brinquedos de plástico, por isso, é necessário supervisão do tutor.
A ingestão de qualquer produto não alimentar é um risco para a saúde e a vida do animal, portanto, se, durante a atividade, o tutor perceber que o animal se distrai e acaba comendo o papelão, por exemplo, essa brincadeira deixa de ser uma opção.
Vale lembrar: ainda que os estímulos estejam disponíveis em casa, o tutor precisa respeitar cada pet
Isso leva em conta a individualidade de cada animal, personalidade e também a raça ou espécie.
O enriquecimento ambiental é feito no espaço onde o pet vive, mas não invalida outras atividades que garantem o seu bem-estar como o passeio, a interação social, a possibilidade dele interagir com outros animais e pessoas.
Elas continuam sendo válidas e importantes para o desenvolvimento e o bem estar do seu melhor amigo.
Para aqueles que não têm quintal ou moram em apartamentos, optar por praças é sempre uma ótima alternativa no caso dos cães.
Procure por lugares cercados, onde não há chance de acidentes, briga com outros animais ou contaminação. No caso de gatos, espaços verticais nas paredes e arranhadores costumam ser mais atrativos, já que as saídas podem ser extremamente estressantes.
Por fim, não tenha medo de procurar um especialista em comportamento animal para ajudar a desenvolver as melhores estratégias para o seu companheiro.
Se o enriquecimento ambiental é feito de maneira inadequada, desrespeitando a necessidade da espécie, em vez de habilitar e facilitar o pet a lidar melhor com o dia a dia, o extremo oposto também pode acontecer e o animal se tornar até mesmo agressivo.
Fonte: Assessoria Melim Pet com informações do Vida de Bicho
Imagem: Pixabay