A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) informou na última terça-feira (14) que cerca de 11 mil animais já foram resgatados no Rio Grande do Sul. Entre a ajude de voluntários e agentes das forças de segurança, um casal de Canoas criou uma plataforma que ajuda tutores a encontrarem seus pets.
Os animais domésticos e silvestres também são vítimas da catástrofe climática que vem afetando o estado desde o fim de abril. Até agora, são cerca de 3.000 tutores cadastrados em busca de seus bichinhos, enquanto há somente 1.400 animais cadastrados. O primeiro "match" foi feito na semana passada.
Gustavo Furtado e sua esposa, Jéssica Phoenix, desenvolveram uma plataforma com um software da monday.com como base de dados, junto com o modelo de inteligência artificial (IA) da empresa Pix Force.
Além disso, o casal possui o apoio das equipes de A-Players e de Zeno Junior, que montaram a base para centralizar as informações dos pets.
Furtado disse à Exame que todas as bases de dados devem estar integradas ao sistema, cobrindo todas as cidades que estão sofrendo com as enchentes. Ele relatou que o trabalho está sendo feito manualmente, por poucos voluntários e isso deve causar atrasos na união de pets e tutores.
Há muitos resgates de cães e gatos, mas há aves, guaxinins e cavalos sendo resgatados. Em um resgate que comoveu o país, o cavalo apelidado de Caramelo passou horas parado em cima de um telhado de uma casa ilhada, em Canoas. As equipes de busca só o resgataram dias depois.
Como usar a plataforma
Na plataforma, o tutor precisa cadastrar nome, raça ou espécie, sexo, localização do último lugar que o animal foi visto e enviar fotos de boa qualidade do pet.
O tutor também deve deixar um número para contato. Em outro link, há o formulário de animais que estão em abrigos, com as mesmas informações para preencher.
Jéssica disse à Exame que em Canoas existem 45 abrigos e que alguns já estão ultrapassando a marca de 1.000 animais resgatados, sem encontrar seus donos.
"Precisamos divulgar o projeto com urgência para que a plataforma unifique dados de animais perdidos e seus tutores. Hoje as informações estão espalhadas, dificultando todo o processo”, afirma.
Fonte: Terra
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