Alguns tutores dizem já saber o nome do pet antes mesmo da adoção. Essa é uma escolha muito importante, afinal espera-se que por muitos anos o bicho seja identificado dessa forma. Mas a verdade é que ele deve ser fácil para o tutor e precisa ser bem comunicado ao bicho para ele entender que aquele é seu próprio nome. Quando ao tamanho, os animais entendem os curtos e os mais longos, desde que ditos com frequência.
Mas aqueles animais que já foram identificados antes da adoção, será que o tutor pode trocar o nome? “Não há problemas. Se for um pet ainda filhote, é mais fácil a adaptação, animais mais velhos podem demorar um pouco mais para entender”, explica Cintia Magrini, adestradora e psicóloga com especialização em terapia cognitiva comportamental.
O tempo que o gato ou cachorro leva para atender pelo seu nome dependerá da rotina da família. Por incrível que pareça, tem tutor que só registra o animal na carteira de vacinação e nunca chama pelo nome, mas por vários apelidos diferentes, ou somente um “vem cá” ou “sai daí”. Nesses casos, o pet demora mais tempo para entender qual é seu nome.
Passo a passo para a escolha do nome
Segundo Sabina Scardua, médica-veterinária doutora em ciência animal, muitos fatores estão envolvidos na escolha do nome, mas alguns questionamentos merecem atenção especial dos tutores:
Esse nome me traz uma emoção positiva? Exemplo: “sempre fui apaixonada por este nome”; “era o nome da minha boneca favorita”;
Ele tem uma sonoridade fácil e agradável?
A sonoridade deste nome é parecida com algo que eu digo com frequência e posso confundir o bicho na chora de chamar ele em casa?
Este nome tem um significado e uma vibração que me agradam? Sem julgamentos de positivo e negativo aqui, apenas deve combinar com o tutor. Esta vibração fará parte da casa, uma vez que o nome será dito tantas vezes ao longo de toda a vida do animal.
Ensinando o nome ao pet
Para ensinar o nome ao pet, basta dizer ao se aproximar e cumprimentar. Segundo Sabina, apenas falar de forma focada e concentrada “este é o seu nome” costuma bastar para os mais atentos e espertinhos. Os bichos, na maioria das vezes, sabem muito bem como foram batizados. Mas existe uma diferença em saber o próprio nome e ser vantajoso atender quando chamado por ele.
“Se associar comida e afagos ao nome, dentro de dois dias o animal já sabe que está falando com ele, se for um filhote ou um adulto saudável. Chamá-lo com o petisco ou com as refeições do dia é a forma mais prática e eficiente. Fale o nome em voz alta algumas vezes e, em seguida, ofereça a refeição. Para os mais tímidos, vá até uma distância de uns 2 metros, e da mesma forma, chame suavemente e, em seguida, ofereça a guloseima”, recomenda Sabina.
Os que não atendem pelo nome não foram estimulados a isso, com associações positivas ou simplesmente fizeram associações negativas com o chamar. Por exemplo: o animal sempre inicia a interação, ou seja, sempre que solicita carinho, atenção, brincadeira ou guloseima, consegue, e o tutor interage com ele normalmente sem dizer o nome. Mas na hora de prender, colocar para dentro ou para fora da casa, dar o remédio ou banho, chama pelo nome, fazendo um reforço negativo.
“Alguns vão atender mesmo assim, mas sem entusiasmo. E outros de personalidade mais forte vão fingir que não estão ouvindo”, complementa Sabina.
Fonte: Revista Casa & Jardim
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